
Com o casamento do
príncipe William (o segundo na ordem de sucessão ao trono) com Kate
Middleton, muito se cogita se a rainha Elizabeth II abdicará do trono em favor
do neto, preterindo desta forma o filho Charles (o primeiro
na ordem de sucessão ao trono). O desejo de muitos britânicos por William subir
ao trono é pelo fato de dizerem que Charles jamais teve carisma ou empatia para
isso. Pontuam que Charles tem uma imagem desgastada e também a idade o
“desqualificaria”, tendo em vista que é o mais velho Príncipe de Gales longe do
trono em contraste com toda a vitalidade e jovialidade do príncipe William.
No
entanto, deixando de lado a questão de imagem relacionada ao príncipe Charles,
sabe-se que ele é sim preparado e, a despeito da idade, esta lhe confere
experiência para assumir o trono com propriedade, já que William, embora
simpático, inteligente e a figura
mais popular da família real – ainda necessita, segundo a rainha Elizabeth II,
passar por um estágio para aprender a ser rei, tendo em vista que a realeza
entende que William ainda não está apto para tal posição.
Com a responsabilidade de, futuramente, subir
ao trono – William deverá passar por uma espécie de treinamento, objetivando
estar plenamente preparado a fim de desempenhar suas funções da melhor forma.
Porém, muito provavelmente deverá aguardar um longo tempo antes que a partida
de sua avó e de seu pai lhe permita assumir. Até lá, a monarquia inglesa se
solidifica e ganha força, com o casamento real, justamente porque está sabendo
aproveitar o que as diferentes gerações podem oferecer.
William se mostra moderno e despojado. Continuará
atuando, por um tempo, como piloto de helicópteros da Força Aérea Real
Britânica e posteriormente passará por um preparo mais intenso a fim de se
familiarizar com a posição de rei. Já Kate, dá mostras de oferecer estabilidade
emocional a William, se apresenta simpática, disciplinada e querida dos súditos.
A aceitação, por parte da realeza, da origem plebéia de Kate demonstra um
exemplo, vindo de cima, de que a separação de classes parece se desfazer. Sendo
assim, o Palácio de Buckingham aposta no casal, com suas características aliadas a
experiência dos demais membros da realeza, para garantir a popularidade da
monarquia inglesa e revigorar a imagem junto aos súditos e
admiradores.
Trazendo tudo isso para o ambiente
organizacional, vem à tona aquilo que é chamado de conflito das gerações
presentes nas empresas, já que existem profissionais de diferentes faixas
etárias atuando juntos no ambiente corporativo, cada um com suas
características e atributos peculiares. Temos: tradicionais (nascidos até 1950), baby boomers (nascidos entre 1951 e 1964), geração X (nascidos
entre 1965 e 1983), geração Y (nascidos entre 1984 e 1990) e geração Z (nascidos
a partir de 1991 – uma continuação da geração Y).
A importância de conciliar tais gerações,
através da área de Gestão de Pessoas, é um desafio para as empresas – pois se
sabe que os resultados positivos são oriundos da boa interação e harmonia entre
diferentes profissionais. As gerações precisam se entender e absorver, por meio de troca de
conhecimento, o
que cada uma tem de bom a oferecer as outras e consequentemente em prol das
organizações.
Cada geração tem seu potencial e suas limitações. No caso da geração Y é que essa tem muito
potencial para desenvolver, porém esse potencial tem que ser ainda trabalhado.
As gerações anteriores podem apresentar, por exemplo, dificuldades com a
tecnologia e ou idiomas, no entanto a experiência e maturidade são relevantes.
As empresas que sabem se valer dessas
diferenças e importantes características se beneficiarão diante dos
interessados no negócio, os stakeholders. Para tanto, é
importante contemplar os jovens sem desprestigiar os velhos.
Quando Kate adentrou a Abadia de Westminster,
milhões de pessoas puderam observar o piso do templo – um vistoso piso de
ladrilhos quadriculado em preto e branco, justamente para transmitir a ideia de
que para se chegar a Deus é preciso, primeiro, conviver com as diferenças.
*Autor: Alcides Ferri tem formação Superior em
Recursos Humanos e Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas. Experiência
de 14 anos na área de Recursos Humanos. Experiência de 09 anos na área
Administrativa/Financeira. Atuou nos segmentos de Construção Civil, Rede
Educacional/Religiosa e Consultoria de RH. Participante ativo no CONARH –
Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, com projetos voltados para área de
RH. Atualmente atua como Palestrante Comportamental/Motivacional - realizando
palestras, in company, na área de Treinamento e Desenvolvimento, objetivando
inspirar e persuadir as pessoas a se engajarem na busca constante de seu
autodesenvolvimento, visando à superação das lacunas e carências existentes em
suas competências a fim de atingirem sustentabilidade na carreira.
Contato: alcidesferri@bol.com.br