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São José do Rio Preto, São Paulo, Brazil
Formação Superior em Recursos Humanos, Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas e curso de Liderança Aplicada. Experiência de 14 anos na área de Recursos Humanos. Experiência de 09 anos na área Administrativa/Financeira. Atuou nos segmentos de Construção Civil, Rede Educacional/Religiosa e Consultoria de RH. Atualmente atua como Consultor em RH e Palestrante Motivacional/Comportamental - realizando palestras e treinamentos, in company, objetivando inspirar e persuadir as pessoas a se engajarem na busca constante de seu autodesenvolvimento, visando à superação das lacunas e carências existentes em suas competências a fim de atingirem sustentabilidade na carreira. Como Consultor, propõe ações interventivas, quando solicitado pelas empresas, que podem ser efetivamente aplicadas para solucionar problemas e conduzir ao aperfeiçoamento no que tange a Gestão de Pessoas. Coautor do Livro Ser + com T&D - Estratégias e Ferramentas de Treinamento e Desenvolvimento para o Mundo Corporativo.

25 de out. de 2011

LIÇÕES DE MUAMMAR KADHAFI PARA A ÁREA DE RH

*Por: Alcides Ferri
Analogicamente, o fim de Kadhafi ilustra a intolerância para com o estilo de liderança autocrático, muitas vezes presente no contexto corporativo das organizações.

Muammar Kadhafi foi severamente subjugado pelos seus opositores, por ocasião de sua morte. As imagens se contrastam com o seu poder que parecia infinito e o extremo exibicionismo de pompa evidenciado pelo próprio ditador durante os seus 42 anos de comando. Kadhafi, com a patente de coronel, tomou o poder após um golpe de estado e assumiu a liderança da Líbia em 1969. Desde então, exerceu um regime ditatorial e enormemente repressivo para com o seu povo – classificado, por muitos, como um governo “autocrático”.

A morte de Kadhafi certamente entrará para a história como um dos episódios mais marcantes da chamada Primavera Árabe (conjunto de manifestações realizadas com objetivo de questionar os regimes autoritários e centralizadores que ocorrem em diversos países do Oriente Médio).

Dentre aquilo que personagens, como Kadhafi, têm em comum é a situação de caos e tensão que eles deixam nos seus países, mesmo após o fim de seus regimes ditatoriais.

No mundo corporativo, normalmente o profissional atinge uma posição de comando por meio de uma liderança institucionalizada ou formal, mas tal liderança deve ser percebida e aceita, pelos liderados, para que assim o líder ganhe legitimidade. A liderança não representa apenas um cargo, mas, sim, um papel a ser exercido. Isso faz com que o líder possa liderar independentemente do seu “status”. Caso contrário, corre o risco de o líder lançar mão de um estilo de liderança autocrático, para comandar seus liderados e mantê-los sob suas ordens, se ele se basear apenas na liderança formal.

É bem verdade que a liderança institucionalizada tem o seu papel, por exemplo: haverá momentos em que o líder poderá utilizar o estilo autocrático e se servir de seu poder, conferido pela força do cargo, para submeter ao seu comando algum liderado que se opõe contra os objetivos e interesses plausíveis do grupo. Assim, se faz presente a liderança situacional, onde o líder estará frequentemente avaliando a maturidade de seus colaboradores e alterando o seu estilo, tendo como desafio saber qual estilo se ajusta melhor (estilo autocrático, liberal e democrático).

Porém, quando praticado de forma constante, o estilo de liderança autocrático é um solo fértil para o autoritarismo. É quando uma pessoa abusa do poder na função que lhe foi concedida, se caracterizando pelo uso do medo e coação nos seus subordinados. Sendo assim, o autoritário, quase sempre, oculta suas fraquezas externando poder – dando demonstrações públicas de que quem manda é ele. Muitas vezes, o estilo de liderança autocrático é exercido de forma abstrata, mas revestido de autoritarismo. Tal atitude potencializa o assédio moral nas relações de trabalho.

Os profissionais da área de Recursos Humanos (Gestão de Pessoas) devem promover um levante contra o estilo de liderança autocrático, quando ele permeia e predomina no ambiente organizacional. De que forma? Por meio da disseminação do conhecimento. Buscar conhecimento e competência para fazer face aos líderes autocráticos é o meio mais adequado para neutralizá-los. Promover ações, como: palestras, treinamentos, participação em workshops, congressos, grupos de discussão, etc. Assim, criam-se incentivos para que o conhecimento seja disseminado.

Como foi bem colocado por Arnaldo Jabor: “O fim de Kadhafi ilustra o avanço da consciência política influenciada pela tecnologia da informação contra o atraso ridículo de velhos ditadores.”

Kadhafi quis ser o ditador mais poderoso de todo um continente, mas acabou num buraco. O destino dele foi um sinal para outros ditadores que ainda resistem ao movimento chamado Primavera Árabe.

Semelhantemente, é bom que os “ditadores organizacionais” de plantão também coloquem as “barbas de molho”, pois ninguém mais tolera um estilo de liderança autocrático, diante da aceleração de conhecimentos proporcionados por uma sociedade democrática e em constante transformação.

*Alcides Ferri tem formação Superior em Recursos Humanos (Unirp) e Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas (UGF). Experiência de 14 anos na área de Recursos Humanos. Experiência de 09 anos na área Administrativa/Financeira. Atuou nos segmentos de Construção Civil, Rede Educacional/Religiosa e Consultoria de RH. Participante ativo no CONARH – Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, com projetos voltados para área de RH. Atualmente atua como Consultor Palestrante Comportamental - realizando palestras, in company, na área de Treinamento e Desenvolvimento, objetivando inspirar e persuadir as pessoas a se engajarem na busca constante de seu autodesenvolvimento, visando à superação das lacunas e carências existentes em suas competências a fim de atingirem sustentabilidade na carreira.


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